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sábado, 10 de outubro de 2015

Litost:estado atormentador nascido do espetáculo de nossa própria miséria

"Litost é uma palavra tcheca intraduzível em outras línguas...
A listost é um estado atormentador nascido do espetáculo de nossa própria miséria repentinamente descoberta. Entre os remédios contra nossa própria miséria, há o amor. Pois aquele que é amado de maneira absoluta não pode se sentir miserável. Todas as fraquezas são resgatadas pelo olhar mágico do amor...O absoluto do amor é na realidade um desejo de identidade absoluta: é preciso que a mulher que amamos...não tenha um passado que lhe pertença particularmente e do qual possa se lembrar com alegria...
Aquele que possui uma experiência profunda da imperfeição própria do homem está relativamente a salvo dos choques da litost. O espetáculo de sua própria miséria é para ele uma coisa banal sem interesse...A litost é,portanto, própria da idade da inexperiência. É um dos ornamentos da juventude. A litost funciona como um motor de dois tempos.Ao tormento se segue o desejo de vingança. O objetivo da vingança é conseguir que o parceiro se mostre igualmente miserável..."(p. 116-117 O livro do riso ao esquecimento) 



Sobre o trecho acima: "Na história sobre um jovem filósofo que sentia-se inferior à namorada, há a introdução de uma palavra que, para o autor, é intraduzível: litost. Litost, segundo Milan, é aquela sensação de inferioridade em relação a outra pessoa. Esse sentimento faz com que tenhamos vontade de agredir esse ser que é superior em algum aspecto. Assim, agredindo-o, nos sentimos recompensados e fazemos com que o outro também se sinta miserável."http://www.revistaovies.com/estante/2011/08/o-livro-do-riso-e-do-esquecimento/




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E talvez um dos fatores da minha resiliência esteja em tentar explicar tudo. Há um conforto em compreender, mesmo sabendo que há coisas que não tem explicação!

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